Friday, February 23

Pukaki - Mt.Cook Village; 35.8kms

Fevereiro 22 e 23



Da noite para o dia, acordei ainda com sol e estava-me a preparar para fazer o porridge quanto um ataque das terriveis sandflies me convenceu a fazer as malas e fugir. Ganhei um pequeno almoco a serio num heliporto turistico uns kms mais acima. Estas mosquinhas sao terriveis, a dentada nao doi, mal se da por elas, mas as sequelas fazem comichao durante dias e as pintas vermelhas duram semanas. Vou chegar a casa uma tanto ou quanto sarapintado, porque ha em todo o lado e nao ha muito a fazer.

Os ultimos 15 kms foram durissimos, por causa do famoso vento de NW que se levantou de frente para mim: 10 kms na mudanca que normalmente se usa para trepar paredes, e pedalar nas descidas para nao parar. Mau mesmo, e eu que queria parar para descansar.

Mt.Cook village e um minusculo conjunto de casas e moteis escondidos a beira dos dois glaciares que saem do sope da montanha. Esta parte dos alpes do sul contem quase todas as montanhas com mais de 3000m da australasia e e um grande centro de actividade de alta montanha.

Nao ha uma unica cama durante 3 dias por causa de uma corrida de aventura (kayak, btt, corrida), pelo que la vou eu a caminho de um sitio para montar a tenda antes que comece a chover. Encontro colegas ciclistas e passo a tarde a fazer porridge e discutir qual a melhor forma de proteger as bicicletas dos keas. Papagaios terriveis que roem tudo, verdadeiras pestes que ainda por cima atacam de madrugada.

Chove a potes na noite com bastante vento mas a mini-tenda nova esta a provar ser um bom investimento. Passo a noite sem problemas.

Hoje para descansar, fui subir a pe ate ao glaciar de Mueller que acaba num pequeno lago completo com cubos de gelo e tudo. E fantastico vaguear pelo relevo glaciar (cirques, morraines, vales escavados em U) e aqui tambem ha pontes suspensas. Mas sao de pais rico, solidas e bem mantidas, nao ha aquele frisson do Nepal, ou dos Andes. As montanhas sao lindas, algo intimidantes, e como todas as verdadeiras montanhas metem-nos imediatamente no nosso lugar. Especialmente quando ouvimos os estrondos das avalanches. Mas e bom viver fora de casa, especialmente quando, como neste preciso instante se acaba de tomar o primeiro duche em quase tres dias :)







O tempo continua assim-assim, mas perfeitamente possivel para continuar assim que o vento, que entretanto rodou, volte a por-se de favor. Se tudo correr bem, saio em direccao a Omarama amanha ou depois.

Tekapo - Pukaki; 79.1kms

Fevereiro 21

Afinal decidi fazer mais um dia e tentei sair de Tekapo duas vezes hoje. A primeira aprecebi-me que tinha perdido o capacete, o que e uma chatice porque sao obrigatorios e os policias multam. Dei a volta a todas as lojas ate que desisti e fui a policia perguntar se alguem tinha entregue. Perguntei o caminho na bomba de gasolina, ao que ele me repondeu: "e aqui ao lado, mas por acaso nao esta a procura de um capacete?" Tinha la deixado no dia anterior quando tinha posto ar nos pneus...

Arranco outra vez por uma estrada linda, ao longo do canal que liga o lago de Tekapo ao de Pukaki. Calma podre, ceu azul e uma ligeira descida de 30 kms pela frente :) Pelo caminho vou vendo uma aguia a procura do pequeno almoco, e peixes a mexer no canal. Apos 20 kms a vista abre e pego na maquina para tirar uma fotografia, estranho esta muito leve, nao funciona, nao tem pilhas!!! Com a confusao do capacete deixei as pilhas a carregar no quarto, agora 20 kms atras... Solucao de portuga: paro um motorhome de dois turistas ingleses e apanho uma boleia de regresso com a bicicleta. Recupero carregador e pilhas. Apanho outra boleia com um personagem engracadissimo. Velhote ex-mergulhador comercial (lagosta, abalone, perolas...) agora reformado com uma pequena quinta anda por ali de carrinha a pescar para destressar. Um sotaque de cortar a moto-serra, mas um genuino.

Recomeco a pedalar no mesmo sitio tendo perdido so uma hora e um quarto.

Dei a volta ao canto sul do lago e como o lugar de Pukaki nao e muito apetecivel decido continuar a procura de um sitio para acampar que me tinha sido descrito pelo dono do hotel anterior. Acabo por fazer mais kms do que planeado mas estava bonito e nao havia vento, e aqui ha que adaptar os planos as condicoes, quando se pode andar aproveita-se, se nao implicar falhar nada de especial.



Acabei acampado as escondidas numa mata a beira do lago Pukaki com o Mt.Cook visivel do meu saco cama, e o lago a 15 metros. Tal era o meu estado que ate tomei banho no lago glaciar...


Jantar tipo-combustivel, fui visitado por dois coelhos mas nao lhes deitei mao. Passei um serao magico. Pus o diario em dia encostado a um tronco, enquanto acopmpanhva a luz do sol a por-se reflectida na neve do Mt.Cook. Depois passei um bom bocado a olhar para mais estrelas do que alguma vez vi na vida. Noite totalmente escura, este e um dos sitios com uma atmosfera mais transparente do planeta, e sem poluicao luminosa, e por isso que ha dois observatorios. Desconcertante, nao conhecer um ceu tao recheado. So Orion estava la, mas de pernas para o ar e a norte.


De resto, uma coruja, e uns gansos a adormecerem foram a minha companhia.

Tuesday, February 20

Second Floor: Fairlie - Lake Tekapo; 45.4kms

Fevereiro 20

O bom do dono do pub de ontem, estava muito cansado e nao lhe apetecia levantar-se para tratar de mim de manha. Uma vez que era o unico hospede, propos entao que tratasse eu do meu pequeno almoco passando este a ser gratuito. E foi assim que, pela primeira vez, tive acesso livre a uma enorme cozinha profissional com uma despensa e frigorifico nao menos enormes. O combustivel para a subida foi pois, farto e variado. Comeco a achar que a minha teoria anterior nao funciona e que estou a engordar...

Um dia inteiro de sol e calor, poucos quilometros mas todos a subir, que correram bem, diria mesmo melhor que ontem. E eis-me no segundo andar, o planalto a que chamam MacKenzie Country - a nao confudir com a firma onde nunca ninguem sai a luz natural do dia.

Quando finalmente cheguei a portela de Burke's Pass de repente, no alto da lomba, mudaram-me a paisagem sem pre-aviso: aqui e tudo em tons de castanho, lembrando um pouco a boa velha estrada de Salamanca, com erva alta e seca e umas ovelhas que a mim me pareceram um pouco mais bronzeadas do que o habitual, mas nao sou entendido (ainda). Ha, ia-me esquecendo, hoje acrescentei mais uma plantacao quando, mais abaixo, vi uma manada de avestruzes. Os kiwis comem tudo o que for carne.

MacKenzie Country tem o nome de um daqueles anti-herois tao queridos nos antipodas. Tratava-se de um ladrao de ovelhas particularmente competente, que operava em grande escala tendo descoberto a passagem para estas pastagens escondidas. Parece que se evadiu 3 vezes da prisao, tendo sido perdoado porque dava trabalho a mais guarda-lo.

Estava eu a percorrer esta planicie contente por poder usar uma outra mudanca que nao a mais pequena, quando ao virar de uma curva descubro que o horizonte tambem tinha mudado. Agora via-se toda a cadeia dos alpes do sul com neve permanente e tudo. Estrondoso como horizonte: o Lord of the Rings nao exagera muito. Para mim, esta geografia transmite-me uma sensacao de imensidao, de espaco que e completamente viciante. Preocupante e calmante ao mesmo tempo. E como se o ar fosse mais espesso, que nao e.

O lago de Tekapo e uma mancha com 83 kms2 de mais um azul totalmente artificial, rodeado pelos montes arredondados do Mackenzie de um lado e os alpes do outro. Pretty impressive. A vila em si, e feiosa, em tudo semelhante a uma estacao de ski fora de epoca (que tambem e) cujos varios promotores imobiliarios nao primaram pelo cuidado arquitectural. Nao e so no Algarve! Felizmente ninguem olha para dentro, pelo que o aspecto da vila e irrelevante :)

A hora de almoco e invadida por hordas asiaticas que saltam de autocarros para se fotografarem em frente a capela no lago.

Tinha pensado tirar ferias aqui :) mas como o tempo talvez se aguente decente mais um dia, sou capaz de dar mais um passo em direccao ao Mt Cook, onde conto passar um ou dois dias acampado na ronha ciclistica (talvez uma volta a pe). Alternativamente, ha um pequeno lago mais isolado a uns 10 kms que tambem podia ser um bom poiso de ferias. Amanha decido. Funcao das pernas e da meteo.

Monday, February 19

Going Up: Geraldine - Fairlie; 50.8kms

Fevereiro 19

Quase 4 horas a subir, procurando a pedalada perfeita as apalpadelas, enquanto a paisagem foi crescendo a minha volta.

A manha comecou completamente encoberta e fresca, o ideal para o programa, mas primeiro tive de abater o pequeno almoco especial para ciclista, modelo holandes. Quem sabe resultado do peso a mais ingerido, um pequeno descuido a saida de Geraldine custou-me 4 kms extra. Mas como foi no plano nao contam, e o dia como um todo foi bonito.

Agora as pastagens ja sao pre-alpinas, ainda verdes mas com menos arvores e mais coniferas, e comecam-se a ver as encostas acastanhadas das zonas acima da linha de vegetacao. E, claro, as ovelhas tambem devem ser especiais modelo-montanha. E realmente ridiculamente dificil olhar a volta na NZ sem ver uma ovelha. Dito isto, com a altitude tenho tambem visto cada vez mais veados encercados (para carne).

A medida que a estrada da mais reviravoltas, a geografia e o relevo vao-se aproximando, fantastico complemento ao trabalho serio que e a gestao do esforco. Nao vos vou macar (muito) com detalhes mas, basicamente, subir doi. Pode e doer mais ou menos, e nao ser constante, conforme a habilidade que tenhamos em equilibrar rotacoes, tipo de movimento a pedalar (sim, nao e so empurrar pedais) e esforco. Quanto melhor corre este exercicio um nadinha zen-o-masoquistico, menos doi e sobretudo mais tempo aguentamos. No meu caso, em que nao tive tempo nem disciplina para treinar antes de vir, e a unica forma de conseguir cobrir distancias minimamente uteis sem passar o dia todo na bicicleta e, espero, sem me magoar.




A proposito de magoar, hoje esbarrei com uma abelha quando ia a descer lancado. Primeiro, foi o embate que e um choque porque um insecto grande a 45 - 50 sente-se, e depois para azar ficou dentro do t-shirt e ferrou-me num ombro antes de conseguir travar e mata-la. Felizmente naos sou alergico.

E depois, estou a 2 ou 3 dias do parque natural de Mt.Cook, pelo que isto das subidas esta so a ganhar balanco ou, mais propriamente, inclinacao: ou melhoro rapidamente a tecnica ou empurro. Estou motivado :)


Hoje, mais um pub, este verdadeiramente velhote numa pequenina aldeia de ski que no verao esta vazia. Como diz o dono "it's old but it's clean"; nao mente esta muito, muito velho mas esta impecavelmente limpo. Atencao, nao me queixo, so far ainda nao tive de dormir na tenda, e tenho tomado pelo menos um duche todos os dias, considerando por isso que a minha qualidade de vida e practicamente burguesa face as expectativas.


E ainda por cima, hoje encontrei um cafe restaurante com um menu do mais requintado, internet a borla, um jardim simpatico e musica decente: nao sei se lhes prevejo um longo sucesso no mercado local mas esta noite vou aproveitar para por combustivel de qualidade :)

Sunday, February 18

Mt. Somer - Geraldine; 52.8 kms

Fevereiro 18,

Uma manha perfeita: ceu totalmente limpo, brisa leve e a estrada perdia uns 200 metros de altitude em 50 kms. Vim por ai a uma media de mais de 20 kmh, com varios quartos de hora a ver os 25 kmh: toda uma emocao de velocidade, especialmente com as pernas doridas com que ando! Bottom line, cheguei ao destino antes do meio dia.

Estou num "backpacker" muito engracado gerido por um casal de verdadeiros cicloturistas holandeses (cv: Tibet, America Latina, India, Tailandia, Malasia, China...) que tambem ja andaram a pedalar por lados de Braganca!

Geraldine e ja um sitio maiorzinho, um pouco saloio este domingo, com os adolsecentes vestidos a perceito. Tem lojas, restaurantes, um supermercado, multibanco e tudo. Faz-me lembrar aqueles sitios "small town USA", o que e engracado no meio dos montes muito verdes. Talvez por causa das ruas largas, e as casas baixas no estilo bungalow.

Aproveitei para tratar das lides domesticas (lavar roupa antes que seja preso por transporte de materias nocivas ao ambiente) e comprar ainda mais comida. Amanha comeco a subir para o parque que contem o Mt.Cook a mais alta montanha do pais, e vao comecar a escassear hoteis. Nao sei bem como sera mas uma coisa e certa: vou comecar a empurrar mais.

Hororata - Mt.Somer; 61.8kms

Fevereiro, 17

Pequeno almoco colossal e finalmente ceu azul mas... vento. A dona do cafe ofereceu-me 4 dolares de bolos para a viagem. Deve ter gostado do meu penteado de corrida :)

Pouco a pouco vou-me aproximando dos montes e o campo vai ficando menos "sub-urbano", mais selvagem e bonito. Mas se calhar foi so efeito da luz do sol. A descida para o rio Rakaia foi a primeira da viagem e soube-me muito bem depois da ligeira subida permanente de ontem, tenho e de ter cuidado, a partir dos 40 a hora o peso dos alforges torna o comportamento em curva delicado :)

O Rakaia e um daqueles rios entrancados com uma agua tao turquesa que parece tinta e neste sabado esta cheio de kiwis a pescar, e outros a acelerar de jetboat (uma "invencao" NZ, vejam na net). A subida para sair da garganta devolveu-me a dura realidade das minhas actuais limitacoes. No meu carreto mais baixo a velocidade minima a que consigo andar sem cair e de 5,7 kmh. Abaixo disso, quando nao aguento mais, resta-me empurrar, o que fiz por duas vezes nesta subida pouco impresionante. Resumindo, tenho de encontrar pernas melhores.





Compreenderao o meu alivio ao verificar que a estrada ia curvando sem nunca entrar nas serras do Mt. Hutt, de Alford e de Mt. Somers. O ideal: uma linda vista dos montes sem ter de os subir.
Parei para comer um gelado em Staveley (a NZ e um enorme produtor de lacticinios e tem gelados optimos em todo o lado), comer os meus bolos e tomar cha. Gradualmente os meus habitos e ritmos alimentares estao a adaptar-se ao passo da viagem. A minha teoria e que a pedalar 4 a 6 horas por dia e dificil evitar um deficit calorico, coma o que coma. Assim, o problema e como comer razoavelmente saudavel E conseguir absorver uma quantidade suficiente de "combustivel" :)

De momento estou so a pedalar de manha, tentando recuperar as pernas um pouco a tarde. Por isso, um pequeno almoco a serio (ovos, salsichas, tomate, cogumelos, bacon, cafe, sumo etc) e o combustivel principal para pedalar. Durante o dia vou petiscando scroggin (a mistura de frutos secos que os kiwis comem em marcha), fruta, agora tenho cenouras, e o que for aparecendo pelo caminho, mas sobretudo bebo muita agua. A noite janto a serio para repor.

O presente do Murphy para hoje foi um furo na roda de tras a um pequeno quilometro e meio da chegada. Estou entretido a mudar a camara quando passa alguem que imediatamente me explica que a quinta e logo ali ao fundo ao pe das arvores e que se precisar de ferramentas, ajuda ou uma boleia e so aparecer. Tomam conta dos turistas aqui, digo eu.

O furo e uma chatice potencial, porque nao foi algo que atravessou o pneu mas sim qualquer coisa na jante que cortou a camara no lado interior da roda. Ja fiz o possivel, espero que nao se torne "cronico". Com um bocado de sorte fui eu que estraguei a camara quando montei o pneu em Lisboa...

Hoje dormi pela primeira vez noutra instituicao kiwi, um "mocamp" uma especie de misto entre motel e parque de campismo em que se alugam pequenas cabanas. E que eu ando por sitios em que a populacao se mede as centenas, nao ha muito por onde escolher. Tive uma cabana de 4 beliches so para mim, tudo impecavelmente limpo. Aproveitei assim para montar a tenda nova no relvado novo e perceber as afinacoes nao va o Murphy organizar chuva e vento para a primeira vez que me tente servir dela a serio.

Fiz o meu prato numero 1 para o jantar, lentilhas com cebola e chourico ! Ainda nao inventei o prato numero 2, mas tenho imensas lentilhas e porridge. Depois fui para o pub com dois senhores australianos que veem para ca pescar truta selvagem nos rios mais perdidos.

Christchurch - Hororata; 58.6kms

Fevereiro, 16

Bem, la comecei e nao foi mau, mas tinha-me esquecido do efeito dos quase 20kgs de carga (agora tenho stocks de combustivel abordo :) na minha bicicleta ex-levezinha. Isto para nao falar dos 5 a 10 nos de vento na cara, mas o importante e que nao choveu e a uma e meia da tarde ja tinha chegado a mini-aldeia de Hororata, sem mazelas demais.

O caminho foi todo de rectas na planicie cheia de ovelhas (sim isto rebenta verdadeiramente de ovelhas) e pastagens para as ditas. Para variar de vez em quando cruzei "plantacoes" de alpacas, veados e ate um lama. Ao fim de 40 kms comceram a aparacer os contrafortes dos alpes do sul, enterrados nas nuvens baixas...

Ainda nao me habituei completamente a "guiar" a esquerda e ja me enganei 3 vezes felizmente em interseccoes vazias - que sao as situacoes que normalmente se prestam a erros.

Hororata e um bled de uma duzia de casas com um cafe-restaurante, um pub, e uma loja vende-tudo. Eu dormi no pub o que e sempre arriscado, sobretudo a uma sexta, mas felizmente embora os kiwis rurais facam barulho como espanhois, deitam-se com as galinhas e passei uma optima noite.

Amanha tambem penso ter um dia calmo a parte descer e, inevitavelmente, depois subir a garganta do rio Rakaia. Depois um ultimo dia de planicie e comecam as coisas mais serias.

Os locais continuam a tratar-me bem. Hoje estava sentado no cafe a espera da sobremesa quando uma senhora dos seus sessenta que estava ruidosamente a jantar com 4 casais me veio perguntar porque e que estava a jantar sozinho e me convidou para acabar a minha refeicao com eles. Eles ja estavam algo tocados, mas mesmo assim foi engracado falar da vida na planicie de Canterbury: tudo gente de cavalos. Os kiwis sao conhecidos como grandes viajantes, e por terem uma diaspora que (acham eles) rivaliza a dos judeus. A verdade e que mesmo em Hororata, houve alguem que me falou de Portugal e me perguntou "como esta?".